A partir de uma cronica do seu livro 49 escritos fiz este poema que eu acho que tem muito a ver com esse se poema concreto
LAGARTIXA
Um corpo que são dois um antes outro depois Lagartixa se encolhe e se espicha e nem se lixa com os sarcasmos alheios não se lixa se já não sabe onde é cauda ou cabeça se avança ou recua degenerada regeneração caminha sempre prá frente emendada remendada quase sempre rente encostada em guias definidas e indefinidas como se essa postura a protegesse Lagartixa um corpo que são dois sempre quentes que queimam sempre como se previssem o momento premente da fusão Atração e repulsão dois ímãs em permanente colisão Cortes profundos incisão Marcas Feridas em profusão Cortamos quantos planos e impulsos? e quantas vezes lagartixeamos tudo? Recortamos lembranças Colamos em nossas retinas lindas paisagens e em nossos lábios beijos sábios de desejos Juntamos os nossos cacos e petrificamos o que não há mais como aderir sem ferir o que somos... e lagar...tixeamos de vez
6 comentários:
Prezado Arnaldo,
Como posso conseguir autorização para publicar o texto do Nuno Ramos a respeito do seu livro Ou/E?
Atenciosamente
Amir Brito
Vai lá na cosmunicando, vai gostar...
http://cosmunicando.blogspot.com/
A partir de uma cronica do seu livro 49 escritos fiz este poema que eu acho que tem muito a ver com esse se poema concreto
LAGARTIXA
Um corpo que são dois
um antes outro depois
Lagartixa
se encolhe e se espicha
e nem se lixa
com os sarcasmos alheios
não se lixa
se já não sabe onde é cauda ou cabeça
se avança ou recua
degenerada regeneração
caminha sempre prá frente
emendada
remendada
quase sempre rente
encostada em guias definidas e indefinidas
como se essa postura a protegesse
Lagartixa
um corpo que são dois
sempre quentes
que queimam sempre
como se previssem
o momento premente da fusão
Atração e repulsão
dois ímãs em permanente colisão
Cortes profundos
incisão
Marcas Feridas em profusão
Cortamos quantos planos e impulsos?
e quantas vezes lagartixeamos tudo?
Recortamos lembranças
Colamos em nossas retinas lindas paisagens
e em nossos lábios beijos sábios de desejos
Juntamos os nossos cacos
e petrificamos o que não há mais como aderir
sem ferir o que somos...
e lagar...tixeamos de vez
Carlos Gutierrez
Saudade da voz, da delicadeza das palavras sempre tão bem utilizadas e da energia boa de Aranaldo Antunes aqui em Recife.
duas possibilidades!
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