Sou ainda aquele jeans invejado de tempos atrás que chegava engomado e desajeitado de corte e modelo tradicionais cinco bolsos básicos e rebites dourados além do botão de pressão do jeans...do jeans... que quanto mais se usa e se lava na chuva nas pedras ou no tanque áspero da casa se torna mais confortável de vestir e olhar Eu ainda sou a tonalidade azul índigo blue que quanto mais se desbota e disputa nas pernas com o couro cru das botas os caminhos sem fim as aventuras desoladas ou gratificantes mais se torna atraente e regenerador depois da dor de uma queda ou após o sorriso num salto sem juízo qual um banho quente nos aposentos de um saloom mesmo fora de um ofurô com o aparato rústico de uma bucha macia ainda carregada de sementes negras em seus densos fiapos interiores que eliminam todas as toxinas e impurezas da pele recente de longas trilhas e impregnam em nossas epidermes perfumes de paisagem que deixamos para trás Sou ainda aquela lanchonete com ares rebeldes barulhenta e efervescente a muzzarela esticando-se dentro do lanche seduzindo o paladar e os dentes em contraste com o chicletes delirante dentro da sua boca irreverente que se faz fonte da pedra do meu maior desejo Sou a pimenta em excesso em seus olhos inocentes que derruba em seus ouvidos os desejos mais inconfessos e prementes Sou ainda o canudo que sorve o milk shake para saciar a gula que estrangula um desejo mal resolvido Sou a groselha que se espalha sobre o sorvete e imita o sangue de um poeta que se congela quando fica frente a frente com a sua musa amada e apenas grita com os seus olhos embaçados pela chapa quente que está ao seu lado fumegante desafiando as mãos do lancheiro e da garçonete Sou o guardanapo que absorve a gordura o beijo amarelo da mostarda as salivas lascivas de sedes fomes e vontades de misturarem-se ao batom vermelho que veste os seus lábios Sou o paradoxo da juventude o descrente e o ortodoxo as atitudes e as extravagâncias toda a ganância de viver e provar cada segundo o desejo de ser livre e ao mesmo tempo apaixonado Desgarrar-se ou ser agarrado Sou a ficha ou quando não tenho grana o clips culpado que engana o Junk Box e lhe oferece a mais romântica canção!
2 comentários:
Aquilo que não existe mais...
Sou ainda aquele jeans invejado
de tempos atrás
que chegava engomado e desajeitado
de corte e modelo tradicionais
cinco bolsos básicos
e rebites dourados
além do botão de pressão
do jeans...do jeans...
que quanto mais se usa e se lava
na chuva nas pedras
ou no tanque áspero da casa
se torna mais confortável
de vestir e olhar
Eu ainda sou a tonalidade azul
índigo blue
que quanto mais se desbota
e disputa nas pernas
com o couro cru das botas
os caminhos sem fim
as aventuras desoladas ou gratificantes
mais se torna atraente e regenerador
depois da dor de uma queda
ou após o sorriso num salto sem juízo
qual um banho quente
nos aposentos de um saloom
mesmo fora de um ofurô
com o aparato rústico de uma bucha macia
ainda carregada de sementes negras
em seus densos fiapos interiores
que eliminam todas as toxinas e
impurezas da pele recente de longas trilhas
e impregnam em nossas epidermes
perfumes de paisagem que deixamos para trás
Sou ainda aquela lanchonete com ares rebeldes
barulhenta e efervescente
a muzzarela esticando-se dentro do lanche
seduzindo o paladar e os dentes
em contraste com o chicletes delirante
dentro da sua boca irreverente
que se faz fonte
da pedra do meu maior desejo
Sou a pimenta em excesso em seus olhos inocentes
que derruba em seus ouvidos
os desejos mais inconfessos e prementes
Sou ainda o canudo que sorve o milk shake
para saciar a gula que estrangula
um desejo mal resolvido
Sou a groselha que se espalha
sobre o sorvete
e imita o sangue de um poeta
que se congela
quando fica frente a frente com a sua musa amada
e apenas grita com os seus olhos embaçados
pela chapa quente que está ao seu lado
fumegante
desafiando as mãos do lancheiro e da garçonete
Sou o guardanapo que absorve a gordura
o beijo amarelo da mostarda
as salivas lascivas de sedes fomes e vontades
de misturarem-se ao batom vermelho
que veste os seus lábios
Sou o paradoxo da juventude
o descrente e o ortodoxo
as atitudes e as extravagâncias
toda a ganância de viver e provar cada segundo
o desejo de ser livre
e ao mesmo tempo apaixonado
Desgarrar-se ou ser agarrado
Sou a ficha ou quando não tenho grana
o clips culpado que engana o Junk Box
e lhe oferece a mais romântica canção!
Carlos Gutierrez
isto!
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